“O amor feliz não tem história”: notas sobre o amor cortês e a impossibilidade

Autores

  • Miriam Ximenes Pinho

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.668

Palavras-chave:

Amor, amor cortês, impossibilidade, Lacan

Resumo

Este estudo tem por objetivo investigar a experiência amorosa pela via de um de seus avatares, o amor cortês, um amor delicado, cheio de cortesias e regras cavalheirescas em que o amante tudo suporta por sua Dama, mulher divinizada e inatingível. O romance cortês é um amor infeliz, marcado por entraves e sofrimento. Lacan de(se)cantou seus artifícios em diferentes momentos de sua obra. Do amor cortês interessa-me destacar o seu princípio de impossibilidade tantas vezes ressaltado. Qual o estatuto dessa impossibilidade? Trata-se da mesma impossibilidade que atinge todos os amores, mesmo os mais eternos? Para tanto, os Seminários 7, 20 e 21 foram examinados e ainda um romance de cavalaria, Tristão e Isolda que serviu para ilustrar algumas das considerações aqui apresentadas.

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Biografia do Autor

Miriam Ximenes Pinho

Psicanalista. Doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2015). Mestrado em Ciências (UNIFESP, 2009). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (1994). Analista membro do Fórum do Campo Lacaniano-São Paulo (FCL/SP).

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Publicado

2015-10-21

Como Citar

Pinho, M. X. (2015). “O amor feliz não tem história”: notas sobre o amor cortês e a impossibilidade. Revista De Psicanálise Stylus, (31), pp. 187–193. https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.668

Edição

Seção

TRABALHO CRÍTICO COM OS CONCEITOS