“O amor feliz não tem história”: notas sobre o amor cortês e a impossibilidade
DOI :
https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.668Mots-clés :
Amor, amor cortês, impossibilidade, LacanRésumé
Este estudo tem por objetivo investigar a experiência amorosa pela via de um de seus avatares, o amor cortês, um amor delicado, cheio de cortesias e regras cavalheirescas em que o amante tudo suporta por sua Dama, mulher divinizada e inatingível. O romance cortês é um amor infeliz, marcado por entraves e sofrimento. Lacan de(se)cantou seus artifícios em diferentes momentos de sua obra. Do amor cortês interessa-me destacar o seu princípio de impossibilidade tantas vezes ressaltado. Qual o estatuto dessa impossibilidade? Trata-se da mesma impossibilidade que atinge todos os amores, mesmo os mais eternos? Para tanto, os Seminários 7, 20 e 21 foram examinados e ainda um romance de cavalaria, Tristão e Isolda que serviu para ilustrar algumas das considerações aqui apresentadas.
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