Os impasses da assunção jubilatória do bebê negro
uma discussão clínico-política
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i50.1234Palavras-chave:
Estádio do Espelho, Assunção jubilatória, Identificação, Bebê negroResumo
Este trabalho é fruto de uma pesquisa bibliográfica, em que buscamos discutir a leitura da assunção jubilatória do bebê negro realizada pela psicanalista Isildinha Baptista Nogueira e identificar algumas de suas principais implicações clínico-políticas. Segundo nossa análise, essa leitura estaria apoiada, especificamente, nas contribuições de outros dois teóricos do campo psicanalítico, Frantz Fanon e Neusa Santos Souza. Por se apoiar neles, haveria determinada leitura do fenômeno, em que os aspectos negativizantes dos processos de identificação tomariam o foco, relegando outros aspectos possíveis desse acontecimento fundamental para a instituição da vida psíquica. Ao fim, buscamos apresentar uma perspectiva crítica a essa leitura, assim como discutir quais são suas implicações clínico-políticas. O aporte teórico se trata da teoria psicanalítica e de sua possível amplitude diante da crítica da cultura.
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