Comment faire parler l’angoisse dans la clinique ?
DOI :
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i48.1125Mots-clés :
Phobie, Angst, RéelRésumé
Ce texte présente des fragments d’un cas clinique d’une fillette de neuf ans, qui illustre une relation unique entre l’angoisse et la phobie en deux temps: dans un premier temps, l’objet phobique remplit sa fonction protectrice contre l’angoisse, il remplace l’angoisse insondable qui précède la phobie, il sert à métaphoriser l’angoisse, à la transformer en peur; dans un second temps, une défaillance se produit dans le mécanisme intelligent de défense, l’objet phobique ne peut plus remplir sa fonction protectrice contre l’angoisse et les crises graves d’angoisse émergent dans toute leur intensité. La traduction par Lacan dans le nœud borroméen de la triade freudienne Inhibition, Symptôme et Angoisse (1974-1975) permet d’étayer ce qui se révèle dans la clinique: l’angoisse comme débordement du réel, dans le champ de l’imaginaire du corps, en lien avec la jouissance de l’Autre. Le texte met en évidence les effets du travail de l’analyse sur l’angoisse du sujet
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