Une femme-écriture dans la jouissance du malentendu
DOI :
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i45.1004Mots-clés :
Pastout phallique jouissance, Femme, Malentendu, Littérature, EcritureRésumé
Si « la réalité est abordée avec des appareils de jouissance » (Lacan, 1972-73/2010, p. 127), et si le langage est un appareil de jouissance, on risque d'en déduire que le langage poétique est un appareil de jouissance pastout. Mais que serait le langage poétique? A quoi sert d'approcher la réalité avec cet appareil? Si jouir de ne pastout implique d'évoquer le grand Autre barré, je suis d'accord avec l'impossible de tout dire; cette expérience d'échec ou de perte, articulée à la femme, conduit à une logique de langage poétique et imparfait, intentionnellement ou non, qui est brodé du savoir y faire avec le Réel. Afin de discuter de la politique de la lecture et de l'écriture en psychanalyse, nous commentons une littérature critique de sa propre écriture, qui déploie son art en acte. La littérature qui transcende les murs et les subordinations invite le lecteur à s'immiscer dans ce qui passe du Ça à travers l'écriture. De même que Lacan somme chaque psychanalyste de réinventer la psychanalyse en tenant compte du Réel, de l'inconsistance et de la féminité, non sans les autres; on évoque une lecture-écriture pastout de femme dans la jouissance du malentendu.
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Références
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