Do que se nega ao negar o Coronavírus: uma contribuição psicanalítica
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i41.568Palavras-chave:
Coronavírus, Negação, Psicanálise, Modos de gozo, SofrimentoResumo
O ano 2020 tem sido atravessado pela pandemia do coronavírus e, como tal, pudemos acompanhar os efeitos de sua presença em todo o mundo. Entretanto, no contexto brasileiro, é possível reconhecer uma modalidade de enfrentamento específica: a negação do coronavírus como uma realidade sustentada pelo fenômeno psicossocial da produção político-cultural da desinformação e/ou produção de informações difusas e contrárias. Diante disso, o objetivo deste trabalho é buscar nas teorias de Sigmund Freud e Jacques Lacan uma leitura possível do que pode ter impulsionado a emergência desse tipo de posicionamento diante da pandemia e sua implicação no sofrimento psíquico contemporâneo no Brasil. Para isso, contaremos com os conceitos de negação e sofrimento em Sigmund Freud, assim como os que dizem respeito às modalidades de gozo fálica e não-toda fálica em Lacan.
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