A posição do sujeito no laço totalitário do capitalismo contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.vi17.898Palabras clave:
capitalismo, alienação, laço social, totalitarismo, mercadoriaResumen
A alienação originária e constitutiva do sujeito leva-o a oferecer-se como instrumento de um Outro (um Pai Onipotente), na esperança de escapar aos sofrimentos ordinários da vida humana. Isto constitui a disposição estrutural e 'trans-histórica’ do laço social, presente em qualquer sociedade humana. O objetivo deste trabalho é ressaltar a existência de um adicional de alienação do laço social implicado pelo capitalismo, que responde por uma ampliação crescente e por um acréscimo progressivo da alienação do sujeito, nessa forma histórica especifica de sociedade. Propõe-se uma articulação entre a 'metáfora paterna' formulada por Lacan e a instituição social do 'equivalente-geral; formulada por Marx, que permite estabelecer 'valores-de-troca' das mercadorias. Argumenta-se que isto possibilitou a fixação e padronização do que aqui se denominou' valores-desejos' pelos objetos, tornando possível um ponto crítico nas transformações históricas, ao se articular o sujeito ao 'objeto causa do desejo' e se produzir um fortalecimento extraordinário do laço social capitalista (o 'discurso do capitalista') e de sua inércia totalitária.
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