A criança entre saber e verdade ou “o que é a psicanálise para uma criança?”
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i47.1111Palavras-chave:
Criança, Clínica, Verdade, Saber, Psicanálise, SintoniaResumo
Na “Nota sobre a criança”, Lacan (1969) afirma que o sintoma da criança pode responder ao que há de sintomático na estrutura familiar e que, nesse contexto, se define como representante da verdade. Na criança, o sintoma pode então representar a verdade do casal familiar ou revelar a verdade do objeto da fantasia materna, alienando em si qualquer acesso possível da mãe à sua própria verdade. Em ambos os casos, a criança fica alienada à verdade da significação vinda do Outro. Apostar no discurso do analista e sustentar a clínica com crianças é apostar na possibilidade de que a psicanálise seja, para a criança, uma via de construção de um saber (S2) que advenha no lugar dessa verdade em que o sujeito, alienado, fica refém. Esse argumento será debatido no texto a partir de recortes de um caso clínico.
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Referências
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