A pandemia e a (im)possível clínica online com crianças

Autores

  • Maria Laura Cury Silvestre Fórum do Campo Lacaniano - SP

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.v1i41.967

Palavras-chave:

Pandemia, Clínica online, Psicanálise com crianças

Resumo

No contexto da pandemia, como sustentar a psicanálise online com crianças, sem a presença dos corpos no mesmo espaço físico? A autora discute três recortes da (im)possível clínica online. No primeiro, poder seguir online, mesmo sem privacidade, permitiu acompanhar o manejo da criança, via tela, do espaço físico da sua casa, num deslocamento que lhe permitiu ocupar outros lugares. No segundo, a passagem ao online fez a criança silenciar e retirar sua imagem da tela. Foi fundamental suportar, na transferência, que a criança se retirasse da tela. No terceiro, a entrada em análise aconteceu na modalidade online, e o enquadre da tela pareceu favorecer o aparecimento de algo novo: a tela como palco. O manejo dos dispositivos móveis estabeleceu, ainda, uma comunicação direta dessas crianças com a analista, e trouxe um surpreendente efeito de autonomia. Por fim, conclui-se que o setting é a transferência e a psicanálise online é a psicanálise.

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Referências

Lacan, J. (1971-1972). O saber do psicanalista. Inédito.

Lacan, J. (1998). O seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1964)

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Publicado

2023-08-14

Como Citar

Cury Silvestre, M. L. (2023). A pandemia e a (im)possível clínica online com crianças. Revista De Psicanálise Stylus, 1(41), pp. 171–178. https://doi.org/10.31683/stylus.v1i41.967

Edição

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