A pandemia e a (im)possível clínica online com crianças
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i41.967Palavras-chave:
Pandemia, Clínica online, Psicanálise com criançasResumo
No contexto da pandemia, como sustentar a psicanálise online com crianças, sem a presença dos corpos no mesmo espaço físico? A autora discute três recortes da (im)possível clínica online. No primeiro, poder seguir online, mesmo sem privacidade, permitiu acompanhar o manejo da criança, via tela, do espaço físico da sua casa, num deslocamento que lhe permitiu ocupar outros lugares. No segundo, a passagem ao online fez a criança silenciar e retirar sua imagem da tela. Foi fundamental suportar, na transferência, que a criança se retirasse da tela. No terceiro, a entrada em análise aconteceu na modalidade online, e o enquadre da tela pareceu favorecer o aparecimento de algo novo: a tela como palco. O manejo dos dispositivos móveis estabeleceu, ainda, uma comunicação direta dessas crianças com a analista, e trouxe um surpreendente efeito de autonomia. Por fim, conclui-se que o setting é a transferência e a psicanálise online é a psicanálise.
Downloads
Referências
Lacan, J. (1971-1972). O saber do psicanalista. Inédito.
Lacan, J. (1998). O seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1964)
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao encaminhar os originais, os autores cedem os direitos de publicação para STYLUS.
Os autores assumem toda responsabilidade sobre o conteúdo do trabalho, incluindo as devidas e necessárias autorizações para divulgação de dados coletados e resultados obtidos, isentando a Revista de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.