Valor de transitoriedade é valor de raridade no tempo
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.vi40.529Palavras-chave:
Psicanálise, Transitoriedade, LutoResumo
Na cultura ocidental, há uma tendência de se deixar a morte de lado excluindo-a dos cálculos da vida. Na base dessa tendência há um fator estrutural: a morte é um dos nomes do impossível de representar. Situações extremas, tais como as pandemias, desnudam nosso mal-estar frente à fragilidade de nossa condição humana e de tantas outras coisas que costumávamos considerar sólidas e conquistadas. Constatar a finitude das coisas e dos seres amados pode despertar em nós, por efeito, uma dolorosa prostração, desespero ou revolta contra o fato constatado. Haveria outros modos de se responder à inexorável transitoriedade da vida e das coisas que apreciamos? Por que meios seria possível realizar o transitório dos objetos como valor de raridade no tempo tão poeticamente descrito por Freud?
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