Ditadura e homossexualidades: Discurso e sintoma1
DOI :
https://doi.org/10.31683/stylus.vi33.599Mots-clés :
Psicanálise, homossexualidade, ditadura, sexualidade, discurso, sintomaRésumé
O tema “Ditadura e homossexualidades” convoca a um diálogo entre diferentes campos do saber. E a psicanálise tem sua contribuição a oferecer, já que, nela, desde a sua origem, o sexual, o social e o político mostram-se articulados. Observe-se que totalitarismo político e moralismo conservador caminham juntos. O modus operandi das ditaduras é a dominação dos gozos por meio da padronização de valores e condutas, tentando suprimir as singularidades dos sujeitos. Em contraste com isto, a psicanálise é uma práxis que sustenta a relevância dessa singularidade, da escuta dos conflitos e dos sintomas. O sintoma é o que vem do real, em subversão ao discurso do amo. A sexualidade é da ordem de uma ética que considera o desejo, o inconsciente e o real do gozo, implicando uma tarefa de construção permanente, na vida (um devir), a partir de uma “escolha”, no sentido freudiano do termo. Decorre daí a inconciliabilidade da concepção psicanalítica da sexualidade tanto com a propugnada pelos regimes políticos totalitários, quanto com a defendida pelo moralismo religioso conservador e reacionário das igrejas-empresas contemporâneas, articuladas ao discurso capitalista.
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