O giro discursivo e a política do falta-a-ser

o mais-um que não é o-mais

Autores

  • Ana Carolina Afonso Lima Dias Consultório particular

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.v1i43.988

Palavras-chave:

Psicanálise, Saúde Mental Pública, SUS, Instituições

Resumo

Este artigo discute algumas conjunções entre a psicanálise e o campo da saúde mental pública, ordenado pela Reforma Psiquiátrica Brasileira, pensando quais as contribuições possíveis da psicanálise à clínica da saúde mental pública, na direção da sustentação clínico-política da diferença; bem como propõe discutir as incidências ético-políticas de tal posicionamento, dada a singularidade do sujeito.  Destaca-se o relevo especial que será dado à posição do psicanalista e seu discurso como vias de acesso, que podem possibilitar a intersecção entre estes campos, tensionando o lugar do psicanalista nas instituições, considerando sua posição em relação ao saber, articulando sua posição ao MAIS UM, proposição de Lacan para o dispositivo do cartel a partir da transferência de trabalho, que, neste texto, são pensadas no contexto da psicanálise em extensão.

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Publicado

2023-12-21

Como Citar

Dias, A. C. A. L. (2023). O giro discursivo e a política do falta-a-ser: o mais-um que não é o-mais. Revista De Psicanálise Stylus, 1(43), pp. 141–153. https://doi.org/10.31683/stylus.v1i43.988