O que traumatiza o corpo
sintoma, fantasia e trauma
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i43.920Palavras-chave:
Trauma, fantasia, sintoma, corpo, realidade psiquicaResumo
O trauma está na origem da neurose e na base da demanda de análise, mas também nos momentos em que o sujeito é invadido pelo real. Se a psicanálise nasce a partir do abandono da ideia de um trauma na realidade, é porque Freud compreende a realidade como “psíquica” e tecida pela ficção da fantasia fundamental. Contudo, não há dúvidas que o real da morte traumatiza ao desvelar a sua impotência simbólica. A contingência dos encontros traumáticos nem sempre está ligada à resposta particular de cada um e, hoje, temos como exemplo o COVID, que caiu em cima dos sujeitos anunciando o real. Não há dúvidas de que esse evento é traumático e independe da fantasia individual, mas ao apostar no desejo e no inconsciente, a psicanálise aposta na interpretação do trauma, para cada falasser, a partir do simbólico que estrutura as experiências humanas. Até que ponto o sujeito é vítima do que lhe acomete? Existe uma relação entre os golpes do real que caem sobre o sujeito e o trauma ligado ao sintoma e à fantasia? Até onde o trauma conta com a participação subjetiva do sujeito? O estudo do caso clínico abordado no texto pode nos ajudar a pensar a complexidade da noção de “trauma” na psicanálise e a escuta que diferencia o lugar do analista.
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Referências
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