Descaminhos políticos de desconstrução da Reforma Psiquiátrica Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.vi40.528Palavras-chave:
Reforma Psiquiátrica Brasileira, Desinstitucionalização, Ciência, Neoliberalismo, Política de atenção psicossocialResumo
Neste artigo, os autores, norteados pelo eixo da desinstitucionalização como essencial aos princípios e à implementação da Reforma Psiquiátrica Brasileira, examinam seus determinantes histórico-políticos, sua forte marca de uma cientificidade crítica e transdisciplinar, a ser severamente distinta do que se apresenta falaciosamente hoje como critério de cientificidade, fruto de um neopositivismo “baseado em evidências” que, contudo, não considera os fatores mais decisivos na determinação dos quadros clínicos mais severos, incluindo sempre e indefectivelmente a relação da loucura com o espaço social e político de cada época histórica. A pesquisa recorre também a alguns analisadores políticos, como o neo- liberalismo que se desenvolveu no Brasil contemporaneamente à implementação da Reforma, ainda que em sentido contrário a ela, chegando até a RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), demonstrando o quanto esta “rede”, ao se supor criar o que sempre existiu na lógica dos Centros Atenção Psicossocial (CAPS), acaba por contrariar princípios importantes da própria política de Atenção Psicossocial, genuína criação do nosso próprio movimento brasileiro de Reforma Psiquiátrica.
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Referências
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VICTOR, Rita Meurer, ELIA, Luciano e SIMIONI, Veline
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