Que sujeito escutamos? Da estrutura subjetiva à clínica do bem-dizer
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v0i38.389Palavras-chave:
Psicanálise, Sujeito, S barrado, ParlêtreResumo
A eficiência do trabalho psicanalítico e o funcionamento de um dispositivo clíni- co orientado pela psicanálise encontram suas bases em uma escuta que dirige o tratamento. O surgimento da psicanálise implica uma descentralização. A divi- são entre Eu e Isso fica clara na obra de Freud, sobretudo com o conceito de Spal- tung, divisão, cisão. Lacan, em sua leitura da obra freudiana, propõe uma vasta construção teórica, que se dispõe a conceitualizar o sujeito para a psicanálise. O sujeito como resto de uma divisão, como escansão, marcado pela linguagem, tra- duz-se em S barrado (pelo significante). A noção de S barrado é utilizada durante
anos a fio por Lacan, até determinado momento de sua elaboração teórica, quan- do o conceito de parlêtre entra em cena, para dar conta de um sujeito que há um corpo. A dimensão de corpo não estivera presente no primeiro ensino lacaniano, e o parlêtre expressa o sujeito mais distante da noção de significante e mais próxi- mo da letra do inconsciente. A questão que se apresenta é se a mudança conceitual de S barrado a parlêtre propõe uma mudança na escuta clínica e na atuação do psicanalista. Mais além, defendemos que o estudo teórico e a compreensão dos dois momentos de Lacan no que diz respeito ao sujeito ajudam-nos a pensar uma clínica mais ética e a favor de um desejo que se apreende pela letra.
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