As amarrações das angústias infantis
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i49.1174Palavras-chave:
angústia, infantil, brincar, fobiaResumo
Freud aborda a angústia como afeto que reproduz um estado diante de um antigo evento perigoso, qual seja, o desamparo em face das exigências libidinais. A primeira angústia é tóxica, e na clínica encontramos sempre um resíduo enigmático dessa angústia, que se manifesta como fracasso da separação do gozo do Outro. Com Hans, apreendemos a função de defesa das fobias infantis e sua relação com a angústia. Lacan propõe a fobia como sintoma que institui um significante-sentinela, como o cavalo totêmico de Hans, o qual permite a significação do gozo do Outro e barra um investimento de objeto intensificado pela identificação ao que há de mais real no sujeito, salvaguardando o desejo do sujeito. Eis o que pretendemos desenvolver, a relação entre a angústia do desamparo e a angústia de castração, a passagem do gozo do Outro ao gozo fálico e as respostas infantis que permitem tratar o real da angústia: o fort-da, as construções míticas, as teorias sexuais infantis, a fobia. O que ocorre quando um real não encontra lugar para se inscrever no discurso do Outro?
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