A segregação pela singularidade
um olhar psicanalítico sobre o conceito fanoniano de zona do “não-ser”
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i46.1045Palavras-chave:
Psicanálise, Frantz Fanon, ColonizaçãoResumo
A partir da utilização da concepção do psiquiatra Frantz Fanon sobre a zona do “não-ser”, o presente artigo visa pautar o movimento de auto-libertação do sujeito negro em meio ao contexto colonial, desvelando conceitos como raça ou colonização a partir de um viés psicanalítico. Para tanto, ao compreender que tal imaginário estende-se até a contemporaneidade mediante o discurso capitalista, busca-se, sobretudo, formular uma reflexão sobre a clínica da Psicanálise enquanto um espaço antirracista e decolonial – que leve o psicanalista, a partir de sua práxis, esteja disposto a iniciar um movimento de desconstrução dos artefatos teóricos dominantes e criação de um novo pilar epistemológico.
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