A escolha do sexo não vai sem dizer: O mistério do dois
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.661Palavras-chave:
O dizer e o sexo, o falo e o semblante, a suplência na psicose, o enodamento pelo dizerResumo
“O que determina a escolha do sexo não é, sequer, um saber, é um dizer”. Lacan acrescenta em seu Seminário Les non-dupes errent, que aquilo que decide não é nada além de um outro dizer, que se lança no furo da carência entre os dois sexos. O que fazer, então, para fazer suplência a esse “mistério do dois”, senão inventar esse saber inconsciente em todo encontro primeiro com a relação sexual, autorizar-se a inventá-lo. Herculine Barbin, um caso de hermafroditismo no século XIX, de quem Michel Foucault descobriu as Memórias nos Anais médico-legais, permite verificar que não há essência do masculino e do feminino inscrita no inconsciente, que o falo é um semblante. Os sujeitos, inclusive os psicóticos, têm a escolha (forçada ou não) de fazer argumento à função fálica, a escolha de se colocar do lado todo ou não-todo da sexuação.
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Referências
LACAN, J. (1973-1974). Le séminaire, livre 21: Les non-dupes errent. Paris: Éditions
de l’AFI.
______________. (1970-1971). Le séminaire, livre 18: D’un discours qui ne serait
pas du semblant. Paris: Seuil, 2006.
SOLER, C. (2013-2014). Humanisation? (Cours 2013-2014). Paris: Éditions du
Champ Lacanien, 2014.
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