Macondo é lalíngua
ensaio sobre Cem anos de solidão
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v0i38.397Palavras-chave:
Cem anos de solidão, Inconsciente, LalínguaResumo
Este texto é um convite ao leitor para que, junto da autora, hospede-se em Macondo, a cidade fictícia criada pelo Nobel de Literatura Gabriel García Márquez em sua obra Cem anos de solidão. Propõe uma incursão psicanaliticamente orientada por essa obra-prima, na qual a saga de uma família, os Buendías, confunde-se com a fundação e o ocaso de uma cidade. Palavra sem significado, Macondo advém da lalíngua de seu fundador, o patriarca José Arcadio Buendía; é palavra sem sentido, que lhe ocorre em sonho, determina e funda um lugar. É palco, cenário, espaço psíquico no qual sete gerações vivenciam a solidão, significante ao qual a família está condenada, na insistência de fazer a relação sexual existir por meio do incesto, crime cuja punição é o nascimento de um bebê com rabo de porco.
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