Devastação feminina
o que pode uma análise?
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v0i38.393Palavras-chave:
Psicanálise, Feminino, Devastação, Mulher, Mãe, Amor, AnáliseResumo
O presente texto pretende realizar uma articulação entre os conceitos freudianos e lacanianos acerca da devastação feminina na psicanálise. Freud nomeia a relação problemática de uma mãe e filha como catastrófica, e Lacan, ao retomar os postulados freudianos, diz que se trata mesmo de uma devastação que, para além da relação entre mãe e filha, pode reatualizar-se no campo do amor. Diante disso, esta pesquisa delineia-se diante da pergunta “o que pode uma análise?”, com um apontamento de que o dispositivo de análise pode propiciar um lugar privilegiado em que a devastação, esse outro nome para o gozo feminino, possa, de alguma maneira, circunscrever-se. Partindo de alguns autores que se debruçaram sobre essa especificidade da clínica feminina, utilizou-se também de uma vinheta clínica para corroborar a hipótese supracitada.
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