A violência do gênero: liberdade de escolha e escolha forçada em um caso de transexualidade na infância
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v0i35.205Palavras-chave:
Psicanálise; Transexualidade; Infância; Desejo.Resumo
Hoje, somos confrontados com uma ideia amplamente realizada: todo mundo tem seu corpo e tem o direito de fazer com ele o que quiser. Os casos dos chamados “transexuais” são apresentados como ideais desse poder de decisão sobre o corpo e a reivindicação do direito à liberdade de escolha. Este texto propõe interrogar esse ideal para retornar sobre os efeitos da constelação original no advento de um sujeito. Em 1969, Lacan propôs repensá-lo em termos da maneira como o desejo do pai e da mãe foi apresentado ao sujeito, a maneira como o conhecimento, o gozo e o objeto a lhe foram oferecidos. É nesses termos que Lacan localiza a ideia de “trapaça” da escolha entre neurose e psicose. Enganosa ou imprópria, porque não havia tal escolha, a escolha já foi feita no nível do que foi apresentado ao sujeito. A escolha forçada é velada por trás do ideal do direito à liberdade de escolha. No entanto, a força de escolha não obstrui a hipótese de uma posição subjetiva ativa. O texto trabalha essa questão no caso de uma criança transexual.
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Referências
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