A criança generalizada e a máquina de escrever singularidades
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i50.1240Palavras-chave:
Psicanálise, Crianças, Sujeito da infânciaResumo
Mais do que nunca, constatamos uma propensão aos diagnósticos de transtornos e déficits em crianças. Orientado pelos princípios da psicanálise lacaniana, que opera a partir da escuta e da fala, este artigo propõe uma discussão sobre o trabalho do analista com estes sujeitos, na contramão destas recorrentes nomeações e identificações. Embora historicamente exista uma tendência, quando se trata de análise com crianças, em pedagogizar e terapeutizar o sujeito, propomos um deslocamento desta perspectiva. A criança - sujeito da infância - experimenta travessias fundamentais neste tempo, desde a apropriação da língua e do discurso da linguagem na cultura, e da trama que se faz registrar entre Imaginário, Simbólico e o Real. É este mesmo sujeito, apesar dos imperativos, que resiste e denuncia a imaginarização e a busca de sentido sobre seus corpos e funcionamento, fazendo o corte na sideração dos discursos.
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