“Childing, me?”

ethics, politics and listening in the deconstruction of hegemonic childhood

Authors

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.v1i50.1213

Keywords:

Childhood, Psychoanalysis, Discourse, Childing

Abstract

Based on the hypothesis that hegemonic speeches about childhood generate effects of exclusion and subjection of the child, we draw on possible connections between Agamben, Benjamin and Lacan to discuss childhood as a historical and political construct, shaped by normative idealizations and social erasures, especially in contexts of vulnerability. In this article, we propose to discuss, in an essayistic manner, the notion of “child as a method” as an ethical and epistemological operator, able to destabilize totalizing discourses and call for singular forms of listening. Psychoanalysis, in its articulation with the unconscious and the rest, provides tools to sustain the child’s emergency, especially through playing and flâneur listening. We borrow Vincentin’s (2020) “childing” ethos to invite the psychoanalyst to engage on the public sphere, recognizing the child as a producer of knowledge and enunciation, and advocating, within the political field, the listening to children as a means to uphold rights to protection and freedom.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Yasmim Marques de Souza, Universidade Federal de Uberlândia

Mestranda em Psicologia pela UFU - Universidade Federal de Uberlândia, graduada em Psicologia pela UFU (2023).

Anamaria Silva Neves, Universidade Federal de Uberlândia

Professora Titular do Instituto de Psicologia da UFU - Universidade Federal de Uberlândia, graduada em Psicologia pela UFU, com mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1996) e doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (2005).

João Luiz Leitão Paravidini, Universidade Federal de Uberlândia

Professor Titular do Instituto de Psicologia da UFU- Universidade Federal de Uberlândia, graduado em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho(1985), com mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1993) e doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (2002).

References

Agamben, G. (2005). Infância e história: destruição da experiência e origem da história (p. 11). Belo Horizonte: Editora UFMG (Trabalho original publicado em 1978)

Agamben, G. (2007). Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: Editora UFMG. (Trabalho original publicado em 1995)

Alberti, S., & Elia, L. (Orgs.) (2000). Clínica e pesquisa em psicanálise. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos.

Allouch, J. (1995). Letra a letra: transcrever, traduzir, transliterar (D. D. Estrada, Trad.). Rio de Janeiro: Companhia de Freud.

Apalai, A. W., Brito, A. C. U., & Custódio, E. S. (2022). O brincar das crianças indígenas no Pará: um olhar para as narrativas e vivências do povo Aparai. Reflexão e Ação, 30(1), 115-131. Recuperado em 6 de julho, 2025, de https://doi.org/10.17058/rea.v30i1.15741

Ariès, P. (1981). História social da criança e da família (D. Flaksman, Trad.) (2a ed.). Rio de Janeiro: LTC.

Benjamin, W. (1987). Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (Vol. 1, pp. 222-232). São Paulo: Brasiliense. (Trabalho original publicado em 1987)

Benjamin, W (2002). Reflexões sobre o brinquedo, a criança e a educação. São Paulo: Ed. 34.

Benjamin, W. (2012a). Infância em Berlim por volta de 1900. In W. Benjamin. Obras escolhidas II (pp. 73-145). São Paulo: Brasiliense.

Benjamin, W. (2012b). O flâneur. In W. Benjamin. Obras escolhidas III (pp. 185-

-236). São Paulo: Brasiliense.

Burgarelli, C. G., & Victor, E. A. (2022). Sujeito e objeto na clínica psicanalítica: a função do resto. Revista Subjetividades, 22(1), e12158. Recuperado em 20 de abril, 2025, de https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v22i1.e12158

Caon, J. L. (1994). O pesquisador psicanalítico e a situação psicanalítica de pesquisa. Psicologia: Reflexão e Crítica, 7(2).

Carneiro, A. B., & Pinheiro, C. D. (2011). A radicalidade do resto e os efeitos do mal-estar. Polêmica, 10(2), 202-212. Recuperado em 6 de julho, 2025, de

https://doi.org/10.12957/polemica.2011.2854

Corazza, S. M. (2000). História da infância sem fim. Ijuí: Unijuí.

Didi-Huberman, G. (2011). La imagen-malicia. Historia del arte y rompecabezas del tempo. In G. Didi-Huberman. Ante el tiempo. Historia del arte y anacronismo de las imágenes (pp. 137-­237). Buenos Aires: Adriana Hidalgo.

Didier-Weill, A. (1997). Os três tempos da lei. O mandamento siderante, a injunção do supereu e a inovação musical (A. M. Alencar, Trad.) Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1995)

Dolto, F. (2005). A causa das crianças. São Paulo: Ideias & Letras. (Trabalho original publicado em 1985)

Escóssia, F. da. (2021). Invisíveis: uma etnografia sobre brasileiros sem documento (p. 45). Rio de Janeiro: FGV Editora.

Foucault, M. (1987). Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes. (Trabalho original publicado em 1975)

Gurski, R. (2012). O lugar simbólico da criança no Brasil: uma infância roubada? Educação em Revista, 28(1), 61-78. Recuperado em 20 de abril, 2025, de https://doi.org/10.1590/S0102-46982012000100004

Katz, I. (2008). Escrita ilegível: o que não se pode ler no que está escrito. Estilos da Clínica, 13(25), 78-93. Recuperado em 20 de abril, 2025, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282008000200006&lng=pt&tlng=pt

Katz, I. (2021). Criança como método para ler Lacan. Revista Traço, 12(3), 45-

-60. Recuperado em 20 de abril, 2025, de https://revistatraco.com/14_crianca-como-metodo-para-ler-lacan-1/

Katz, I. (2023). O problema da universalização da primeira infância: dinâmicas de produção de conhecimento e políticas públicas. Revista Rosa, 7(3).

Lacan, J. (2006). Os nomes do pai. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1963)

Milano, L., & Flores, V. do N. (2015). Do balbucio às primeiras palavras: continuidade e descontinuidade no devir de um falante. Letras de Hoje, 50(1), 64-72. Recuperado em 20 de abril, 2025, de 10.15448/1984-7726.2015.1.18393

Nolasco, L. R. (2020). Infância(s) no neoliberalismo: perspectivas sobre o brincar. Dissertação de mestrado. Instituto de Psicologia. Universidade de São Paulo. São Paulo. Brasil. Recuperado em 20 de abril, 2025, de 10.11606/D.47.2020.tde-17022021-151236

Sauret, M. J. (1998). O infantil e a estrutura (p. 16). São Paulo: Escola Brasileira de Psicanálise.

Schérer, R. (2009). Infantis: Charles Fourier e a infância para além da infância. Belo Horizonte: Autêntica.

Stein, M. L. M. (2011, janeiro-junho). Infantil, eu? Rev. Assoc. Psicanalítica de Porto Alegre, (40), 9-17. Recuperado em 20 de abril, 2025, de http://www.appoa.org.br/uploads/arquivos/revistas/revista40-1.pdf

Vicentin, M. C. G. (2020). “Criançar o descriançável”: a transicionalidade da infância e o paradoxo da proteção-liberdade. ClimaCom: Devir Criança, 7(18), 1-11. Recuperado em 20 de abril, 2025, de http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/criancar-odescriancavel-a-transicionalidade-da-infancia-e-o-paradoxo-da-protecao-liberdademaria-cristina-goncalves-vicentin

Voltolini, R. (2018). O psicanalista e a pólis. Estilos da Clínica, 23(1), 47-61. Recuperado em 20 de abril, 2025, de https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v23i1p47-61

Voltolini, R. (2019). Crianças públicas, adultos privados: falar da infância. Clínica & Cultura, 8(2), 108-121. Recuperado em 20 de abril, 2025, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-25092019000200009&lng=pt&tlng=pt

Published

2025-07-16

How to Cite

Marques de Souza, Y., Silva Neves, A., & Leitão Paravidini, J. L. (2025). “Childing, me?”: ethics, politics and listening in the deconstruction of hegemonic childhood. Journal of Psychoanalysis, 1(50), pp. 91–103. https://doi.org/10.31683/stylus.v1i50.1213