O estranho que nos habita
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i47.1104Palavras-chave:
O estranho, Unheimlich, Objeto a, Sinthoma, PasseResumo
Seguindo os passos de Freud, a autora busca cernir a partir de obras literárias e do seu próprio testemunho de passe, o conceito de Estranho. De acordo com Freud, o estranho é algo que antes foi familiar e tornou-se estranho devido a incidência do recalque. A inquietante estranheza surgiria da separação entre o sujeito e o Outro. Para Lacan, essa separação se traduz como gozo, tentativa de reintegrar algo que foi perdido. Ao logo de seu ensino Lacan dá outros nomes para essa coisa que nos é íntima, mas que não reconhecemos como nossa: “A Coisa”; “objeto a”, causa do desejo. A pergunta que esse texto tenta responder é, como passar da queixa sobre o gozo do Outro para localização e redução desse gozo como marca do sujeito e de sua inefável ex-sistência?
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