Ensino e saber

Autores

  • Dominique Fingermann

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi33.604

Palavras-chave:

Ensino, saber, inconsciente, conceito, formalização

Resumo

Tanto Freud quanto Lacan, embora com metodologias e estilos bem diferentes, mostraram entusiasmo e rigor incansáveis para sustentar com suas elaborações a questão de Lacan, em 1957: “O que a psicanálise nos ensina, como ensiná-lo?” Devemos às suas insistências e ousadias o que chamamos habitualmente de “a obra freudiana” e “o ensino lacaniano”. Este último propõe progressivamente, no entanto, uma descontinuidade em relação à sua releitura de Freud ao introduzir, para sua leitura do inconsciente, uma prática da letra segundo os dois eixos que seguirão até o final de seu ensino, a formalização e a via da ressonância poética: o matemático e o maternal, o matema e o poema. No intuito de esclarecer algumas mudanças da posição de Lacan em relação ao ensino da psicanálise, o texto desdobra três aspectos da questão: a posição ética do ensinante; a sensível diferença entre conceito, formalização e saber; e o antagonismo entre ensino e saber.

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Biografia do Autor

Dominique Fingermann

Psicanalista, AME da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano – Brasil. Autora do livro Por causa do pior  (Iluminuras, 2005), em coautoria com Mauro Mendes Dias, organizadora do livro Os paradoxos da repetição (Annablume, 2014) e autora de A (de)formação do psicanalista (Escuta, 2016).

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Publicado

2016-11-24

Como Citar

Fingermann, D. (2016). Ensino e saber. Revista De Psicanálise Stylus, (33), pp. 261–274. https://doi.org/10.31683/stylus.vi33.604

Edição

Seção

ESPAÇO ESCOLA