Sobre o delírio na psicose: A relação com o Grande Outro na paranoia e na esquizofrenia
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.vi32.625Palavras-chave:
Psicoses, linguagem, significante, inconscienteResumo
Tendo em vista a complexidade dos fenômenos psicóticos e a importância do reconhecimento, por parte do analista, da psicose na experiência clínica, o objetivo deste trabalho é abordar as psicoses de ordem paranoica e esquizofrênica, por meio de uma perspectiva lacaniana, diferenciando-as do campo das neuroses. Explorou-se também a relação do psicótico com a linguagem e a localização do sujeito em face do Grande Outro. O que diferencia o sujeito psicótico do neurótico é a sua relação com o significante. Com base nos estudos de Jacques Lacan sabemos que na psicose não há recalque, ou seja, não se trata de um inconsciente enigmático que exige um deciframento do discurso por parte do analista. Em se tratando de psicose, o inconsciente está presente de uma maneira singular: desvelado. Foram levantados questionamentos sobre a clínica da psicose no que diz respeito à transferência, à simbolização e ao lugar do analista ante àquele que delira.
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