O estatuto do saber no discurso capitalista e a “preguiçosa” subjetividade contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i41.532Palavras-chave:
Saber, Discurso capitalista, Subjetividade contemporâneaResumo
Este artigo tem como objetivo propor uma discussão em torno do estatuto do saber no discurso capitalista e seus efeitos na subjetividade contemporânea, considerando a mudança da posição do saber no âmbito do discurso, tomando como referência, primeiramente, a passagem do discurso do mestre ao discurso universitário. Posteriormente, destaca-se como o saber em forma de mercadoria produz uma subjetividade contemporânea preguiçosa, na medida em que impede o acesso do sujeito ao inconsciente como trabalhador ideal no discurso capitalista. O resultado é o surgimento de patologias que impõem um desafio ao psicanalista, uma vez que chegam fixando o sujeito em determinado lugar, que o nomeia e o coloca como objeto e não produtor de um saber, promovendo a busca incessante do gozo, em que os atos aparecem em vez da palavra
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