O sonho de angústia como um sonho fecundo
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i49.1170Palavras-chave:
Afeto, Angústia, Corpo, Desejo, Gozo, SonhoResumo
O sonho, formação do inconsciente que marcou um antes e um depois para Freud em sua obra, é ainda hoje para nós – analistas – uma fonte contínua de perguntas. Existem uns que são repetitivos, insistentes e que, por isso mesmo, interpelam ao sonhador. Existem os plácidos, os bizarros, os loucos. Aqui, nosso interesse está posto nos chamados sonhos de angústia, os quais apresentam certas especificidades que nos levam a ocupar-nos com eles. Seu valor clínico é crucial, na medida em que a angústia orienta o analista através das derivas do real. O sonho de angústia como sonho de despertar nos leva a interrogar os limites do ciframento, a função da censura e, sobretudo, seu fracasso. Iremos distingui-los dos sonhos deformados e dos sonhos infantis. O eixo que atravessa a pergunta pelos sonhos é, sem dúvida, uma referência à localização do desejo e, especialmente, à posição do sujeito em relação a esse desejo. Trabalharemos em um breve recorte clínico para abordar os sonhos que se repetem, seu vínculo transferencial e os efeitos que se desprendem quando são postos ao trabalho. Avançar em nossas investigações sobre a afetação do corpo na análise nos leva à angústia como afeto privilegiado, que, aqui, abordaremos na borda do sonho.
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Referências
Freud, S. (1996). A interpretação dos sonhos (II). In S. Freud. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. V). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1900)
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