A arte como acrópole e a mercantilização da poiésis
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i45.1060Palavras-chave:
Arte, Psicanálise, PoíesisResumo
Este artigo tem como objetivo articular as dimensões da captura da arte, sua relação com as torções do sujeito e a maneira com que, na atualidade, a máxima da mercantilização e consumo desenfreados ancorada no discurso capitalista distorce e esvazia o fazer poético. Propõe-se uma oposição radical a esta tentativa de esvaziar o fazer subjetivo através de dispositivos tecnológicos e jogos de poder encarnados no poder aquisitivo, a partir de uma leitura e postura psicanalítica, buscando resgatar o sujeito do fazer poético, furado e dividido entre a dimensão significante, da palavra e a dimensão indizível do Real que o atravessa.
Downloads
Referências
Askofaré, S. (2019). Considerações sobre o corpo em sua relação com a estrutura e os discursos. In D. S. Chatelard & M. C. Maesso (Org.), O corpo no discurso psicanalítico. Curitiba: Appris. (Trabalho original publicado em 2009)
Badin, R., & Martinho, M. H. (2018). O discurso capitalista e seus gadgets. Trivium: Estudos Interdisciplinares, X(2), 140-154.
Carreira, L. B. (2014). Os tempos da escrita na obra de Clarice Lispector: no litoral entre a literatura e a psicanálise. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.
Colonnelli, M. V. C. (2009). Poíesis, tékhne e mímesis em Aristóteles. Dissertação de mestrado. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Recuperado em 12 de março, 2023, de https://philarchive.org/archive/COLPTE-2
Cruglak, C. (2001). Clínica da identificação. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.
Dicio, Dicionário online de português (2021). Solipsista. Porto: 7Graus. Recuperado em 18 de dezembro, 2021, de https://www.dicio.com.br/solipsista/
Dicio, Dicionário online de português (2022). Indivíduo. Porto: 7Graus. Recuperado em 8 de maio, 2022, de https://www.dicio.com.br/individuo/
Freud, S. (1996). Um distúrbio de memória na acrópole. In S. Freud. Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud (Vol. XXII). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1936)
Freud, S. (2011). Resumo da psicanálise. In S. Freud. Obras completas: o eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925) (P. C. de Souza, Trad.) (Vol. 16). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1923)
Freud, S. (2016). Carta 112 [52], de 6 de novembro de 1896. In S. Freud. Obras incompletas de Sigmund Freud: neurose, psicose, perversão (M. R. S. Moraes, Trad.). Belo Horizonte: Autêntica. (Trabalho original publicado em 1896)
Freud, S. (2016). Além do princípio do prazer (R. Zwick, Trad.) (1a ed.). Porto Alegre: L&PM. (Trabalho original publicado em 1920)
Freud, S. (2020). Psicologia das massas e análise do eu. In S. Freud. Obras incompletas de Sigmund Freud: cultura, sociedade, religião: o mal-estar na cultura e outros escritos (M. R. S. Moraes, Trad.). Belo Horizonte: Autêntica. (Trabalho original publicado em 1921)
Ghedin, R. (c2021). O delírio dos NFTs nos levará ao fim do mundo: manual do usuário. Recuperado em 21 de dezembro, 2021, https://manualdousuario.net/nft-criptomoedas-absurdo/
IBM (c2023). O que é a tecnologia blockchain?. Recuperado em 12 de março, 2023, de https://www.ibm.com/br-pt/topics/blockchain
Lacan, J. (2018). O seminário, livro 7: a ética da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1959-1960)
Lacan, J. (1998). Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano. In J. Lacan. Escritos (V. Ribeiro, Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1960)
Lacan, J. (1998). Kant com Sade. In J. Lacan. Escritos (V. Ribeiro, Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1963)
Lacan, J. (1998). O estádio do espelho como formador da função do eu. In J. Lacan. Escritos (V. Ribeiro, Trad.) (pp. 96-103). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1966)
Lacan, J. (2003). Televisão. In J. Lacan. Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1973)
Lacan, J. (2007). O seminário, livro 23: o sinthoma. Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller (S. Laia, Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1975-1976)
Lacan, J. (2008). Seminário 16: de um Outro a outro. Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller (V. Ribeiro, Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original publicado em 1968-1969)
Lacan, J. (2010). Encore. Rio de Janeiro: Letra Freudiana. (Trabalho original publicado em 1972-1973)
Lacan, J. (2016). A terceira (A. T. Ribeiro, Trad.). Para circulação interna na Escola Letra Freudiana. (Trabalho original publicado em 1974)
Machado, Z. (2010). O inconsciente e o corpo. Stylus: Revista de Psicanálise, (20).
Marx, K. (2009). O capital. Livro 4: teorias da mais-valia (Vol. 1). São Paulo: Bertrand Brasil. (Trabalho original publicado em 1987)
Mastrobuono, B. (2021, 16 de março). Do que falamos quando falamos sobre NFTs. In SP–Arte. Recuperado em 20 de dezembro, 2021, de https://www.sp-arte.com/editorial/do-que-falamos-quando-falamos-sobre-nfts/
Platão (2011). Xuprócriov = O banquete (J. Burnet, Texto grego; C. A. Nunes, Trad.) (3a ed.). Belém: Editora UFPA.
Silva, A. R., & Silva, C. P. (2021). Um quadro de Picasso encriptado: sobre NFT e desmaterialização. Jornal da USP. Recuperado em 20 de dezembro, 2021, de https://jornal.usp.br/?P=449292
Soler, C. (2012). Lacan, o inconsciente reinventado. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.
Sousa, L. M. A. (2016, janeiro-junho). O real e a poesia nos entremeios litorâneos de Pêcheux e Lacan. Fragmentum, 47.
Sterlino, A. L. et al. (2019). Há um corpo. In D. S. Chatelard & M. C. Maesso (Org.), O corpo no discurso psicanalítico. Curitiba: Appris.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao encaminhar os originais, os autores cedem os direitos de publicação para STYLUS.
Os autores assumem toda responsabilidade sobre o conteúdo do trabalho, incluindo as devidas e necessárias autorizações para divulgação de dados coletados e resultados obtidos, isentando a Revista de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.
