“Todos em farrapos”
o circuito sintomático produzido pela segregação social na modernidade
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i46.1042Palavras-chave:
Modernidade, Segregação, afetos, DiscursoResumo
A partir do poema Olhos dos pobres, de Baudelaire, o presente artigo tem como objetivo pensar como as cidades modernas e seu consequente efeito de segregação social impactam nos processos de subjetivação. Partindo da compreensão das dimensões estrutural e histórica, visamos demonstrar a constituição intrínseca entre sujeito e sociedade e discutir como a circulação dos afetos é condicionada pela via do discurso, esta compreendida como a síntese das duas dimensões, tendo como objetivo a produção de um certo tipo de subjetividade consoante ao seu tempo histórico. Por fim, propomos uma nova sensibilidade fundada a partir desta emergência do conflito de classes, tão presente na experiência urbana moderna.
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