Na mansão do dito imaginário: opsis e a seção diagonal

Autores

  • Ana Laura Prates Pacheco

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi29.705

Palavras-chave:

Imaginário, nó borromeu, Jacques Lacan

Resumo

O texto parte da experiência com a obra Seção Diagonal, de Marcius Galan, exposta no museu de Inhotim, em Minas Gerais. A partir dessa experiência, desenvolvo a frase de Lacan do Seminário 21 Les non-dupes errent: “O imaginário é sempre uma intuição daquilo a ser simbolizado”. Para tanto, retomo brevemente o percurso do ensino de Lacan em relação ao registro do Imaginário, desde o texto sobre o Estádio do Espelho (1949), passando pela subversão operada pela noção de “objeto a” nos anos sessenta. Debato então as consequências da reabilitação do Imaginário, operada por Lacan a partir da topologia borromeana, a qual opera com uma noção de espaço que não é kantiana, e propõe uma apresentação da estrutura que não é da ordem do more geométrico. Proponho, finalmente, com Milner, uma homologia entre a “experiência borromeana” e o que ocorre em uma análise.

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Biografia do Autor

Ana Laura Prates Pacheco

Psicóloga, Psicanalista. Especialista, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica pelo IPUSP. Pós-doutora em Psicanálise pela UERJ. Pesquisadora convidada do LABEURB/UNICAMP. AME da EPFCL, Membro do FCL-SP/EPFCL-Brasil. Coordenadora da Rede de Pesquisa de Psicanálise e Infância da EPFCL-Brasil. Autora de Feminilidade e experiência psicanalítica (2001) e Da fantasia de infância ao infantil na fantasia (2013).

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Publicado

2014-11-12

Como Citar

Pacheco, A. L. P. (2014). Na mansão do dito imaginário: opsis e a seção diagonal. Revista De Psicanálise Stylus, (29), pp. 33–42. https://doi.org/10.31683/stylus.vi29.705

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