Deixar cair para poder dizer (e silenciar)

Autores

  • Lucília Maria Sousa Romão

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi27.737

Palavras-chave:

Sujeito, psicanálise, arte

Resumo

O objetivo deste escrito é produzir a partir do vazio e do silêncio, contornando, tanto quanto possível, uma reflexão sobre ambos em suas instâncias fundadoras do humano, do ser falante e do trabalho artístico (FREUD; LACAN). Pensar a relação desse intervalo faltante – que a linguagem não toca – com o silêncio constitutivo de toda possibilidade de significação (ORLANDI) é o que me move. Da gravidez do vazio e do silêncio, nasce toda fala e todo ato de linguagem, os quais depois de materializados, indiciam algo do início, um resto ou certo efeito de vazio e silêncio dados pela incompletude e imperfeição de todo dito. Analisaremos a performance de Tatiana Blass, denominada “Metade da fala no chão – piano surdo”, refletindo sobre a relação do sujeito com a linguagem e com a arte.

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Biografia do Autor

Lucília Maria Sousa Romão

Formada em Letras (UniMauá- 1989), doutora em Psicologia (USP- 2002) e Livre-Docência pela mesma instituição (2010). Coordena o grupo de pesquisa “Discurso e memória: nos movimentos do sujeito” (CNPq) e o “Laboratório Discursivo: sujeito, rede eletrônica e sentidos em movimento (E-L@DIS)”. Participante das atividades da Escola de Psicanálise do Fórum do Campo Lacaniano – Fórum São Paulo.

Referências

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Publicado

2013-10-11

Como Citar

Romão, L. M. S. (2013). Deixar cair para poder dizer (e silenciar). Revista De Psicanálise Stylus, (27), pp. 44–59. https://doi.org/10.31683/stylus.vi27.737