A letra e o desejo em André Gide

Autores

  • Maria Lúcia Araújo

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi29.707

Palavras-chave:

Letra, angústia, Jacques Lacan, psicanálise

Resumo

André Gide foi um escritor que dedicou sua vida à literatura. Segundo Jean Delay, autor de sua psicobiografia, a obra de Gide “(...) é um dos ensaios mais completos que fez um homem para se compreender e se explicar”.4 O próprio André Gide em seu romance autobiográfico, Se o grão não morre, declarou: “Nesta idade inocente, na qual se quer que toda alma seja apenas transparente, terna e pura eu vejo em mim apenas a escuridão, a deformidade e a dissimulação”.5 Sendo assim, interrogamos: O que escrever significou para Gide? Qual a contribuição da obra para a psicanálise? Teria André Gide superado a angústia graças à literatura? Neste texto busquei refletir sobre estas questões, sem esquecer que a premissa freudiana é de que a arte se adianta à psicanálise. Assim, me deixei ensinar pelos escritos de Gide.

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Biografia do Autor

Maria Lúcia Araújo

Psicóloga. Psicanalista. Membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano. Membro do Fórum do Campo Lacaniano de São Paulo.

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Publicado

2014-11-12

Como Citar

Araújo, M. L. (2014). A letra e o desejo em André Gide. Revista De Psicanálise Stylus, (29), pp. 51–58. https://doi.org/10.31683/stylus.vi29.707