“A morte da amada”: Do luto romântico ou da morte como bom encontro

Autores

  • Miriam Ximenes Pinho

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi32.620

Palavras-chave:

Luto, Romantismo, luto romântico, psicanálise

Resumo

Na prática clínica, com frequência nos deparamos com sujeitos mergulhados em um luto romantizado impossível de finalizar. Esses lutos apaixonados e duradouros lembram sobremaneira o fascínio pela morte e os grandes lutos dramáticos que marcaram os tempos do Romantismo, no século XIX. Que se passa nesses lutos? Poderia a concepção romântica do amor lançar-lhes alguma luz? Em que medida essa figura do amor faz função no luto? Com o intuito de precisar essas inquietações recorro à ajuda preciosa da literatura no trilhamento de Freud e de Lacan (1958-59/2002, p. 262) para quem as “criações poéticas engendram mais do que refletem as criações psicológicas”.

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Biografia do Autor

Miriam Ximenes Pinho

Psicóloga e psicanalista. Analista membro do Fórum do Campo Lacaniano de São Paulo (FCL-SP). Doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, Núcleo Psicanálise e Política). Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Docente do Projeto Rede Sampa (Plano de Educação Permanente em Saúde Mental) da Escola da Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

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Publicado

2016-06-23

Como Citar

Pinho, M. X. . (2016). “A morte da amada”: Do luto romântico ou da morte como bom encontro. Revista De Psicanálise Stylus, (32), pp. 53–64. https://doi.org/10.31683/stylus.vi32.620

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