Quem será o mais-um? Contribuições da psicanálise para o campo da política

Autores

  • Ana Carolina Borges Leão Martins

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.v0i36.239

Palavras-chave:

Psicanálise; Política; Cartel, Mais-um.

Resumo

Quem será o mais-um? A pergunta que se repete a cada novo cartel constituído nos servirá de mote para discutir as contribuições da psicanálise para o campo da política. Em uma perspectiva lógica, investigaremos a distinção entre a política do Um, agenciada pela exceção, e as políticas do um a um, em estreita articulação com a função do mais-um. Descentralizadas, pluralizadas, singularizadas, as políticas do um a um nos remetem à possibilidade de fazer laço entre sujeitos dessemelhantes, tomados em suas inteiras singularidades. Sob tal perspectiva, se há um índice de “quem será o mais-um”, ele se refere às chances de contar (com) a diferença no trabalho que se produzirá um a um. Nas conclusões, a dimensão política da função do mais-um será retomada em uma perspectiva mais ampla, do cartel à pólis, no debate das questões relacionadas com o governo e a diferença.

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Biografia do Autor

Ana Carolina Borges Leão Martins

Psicóloga. Psicanalista, membro do Fórum do Campo Lacaniano-Fortaleza. Doutora e mestre em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com estágio de doutorado sanduíche na Université Paris-Diderot-Paris VII. Professora adjunta do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará-Sobral.
E-mail: carolinablmartins@gmail.com

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Publicado

2018-07-31

Como Citar

Martins, A. C. B. L. (2018). Quem será o mais-um? Contribuições da psicanálise para o campo da política. Revista De Psicanálise Stylus, (36), pp. 121–130. https://doi.org/10.31683/stylus.v0i36.239